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RMachado

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

MÓ DESCANSA SOB O SOL DA CIDADE


ARQUITETURA - Na região central da cidade, uma mó (dicionário e Google existem para esclarecer dúvidas...) repousa seu descanso eterno; a grama cresce – apesar de a colocação da mó parecer ter sido estudada para dar riqueza à vista da casa, a qual possui um arranjo pouco usual para os padrões da cidade – na mesma proporção que o descuido com o patrimônio histórico e cultural da cidade.
Esse comportamento não é privilégio deste ou daquele governo, pois, com exceção apenas naquilo que toca ao ‘grau de negligência’, todos os administradores que passaram (há os que apenas ‘passearam’...) pelo palco do paço municipal nos últimos 150 anos, estabeleceram outras as prioridades, esquecendo que um povo sem cultura é um povo sem memória nem alicerces, e que um povo sem memória nem alicerces é incapaz de vislumbrar ou projetar seu futuro.
As casas de taipa – há lá as que ainda resistem! – continuam a vir abaixo para dar espaço para empreendimentos imobiliários que irão descaracterizar ainda mais o centro da cidade, transformando-a numa cidade de estranhos.
Recentemente a Rua Direita acompanhou um desses abates arquitetônicos e não se ouviu nenhuma voz em favor da preservação – fosse a voz de entidades do terceiro setor, fosse a voz do gestor público. Há cidades onde o patrimônio histórico e cultural recebe incentivo para a sua preservação, Curitiba é um desses bolsões. A falta de política pública, privilegiando os proprietários – ou empresas – que viessem a cuidar dos prédios, praças, logradouros, museus e outras instalações com características peculiares às Capão Bonito que se fizeram ao longo dos anos, faz com que esses mesmos proprietários coloquem abaixo ou desfigurem essas instalações, transformando-as em monstruosidades pós-modernas, aberrações esquecidas pelos corredores do século 21.
E isso, infelizmente, é mesmo uma pena...

Um comentário:

  1. Lamenta-se isso, entre tantas coisas que se deixa levar pra nada ficar... Mostra-se assim, uma realidade de descaso seja do poder público ou privado, no sentido da memória/história que um dia vamos contar, sem nada mostrar...

    Um abraço,
    do amigo PY2

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