No mês destinado ao Meio Ambiente, nada mais justo que sejam prestadas as devidas homenagens – mesmo que póstumas – à velha paineira, provavelmente uma Ceiba speciosa, antiga referência capão-bonitense, nascida, crescida, criada – e abatida – na divisa entre os bairros Cruzeiro e Nova Capão Bonito, porém, muito antes do nascimento de qualquer um desses mesmos aglomerados habitacionais.
A data de nascimento da velha árvore é uma incógnita, mas há quem afirme ter aquele gigante vegetal mais idade que a própria emancipação política e administrativa do município, acontecida em 1857, sendo daí possível um número que ultrapasse os 150 anos de flores e algodões. No entanto, qualquer consideração a respeito de datas, anéis, dados e fardos não tem a menor relevância no momento, não importa se a velha paineira tinha 25 ou 250 anos, também não existe vantagem alguma em saber que a Defesa Civil determinou a derrubada a fim de preservar as construções vizinhas à arvore, afinal, emprestando certo adágio ditoso: a cor do burro não é o primordial, desde que o animal execute o serviço para o qual se o pressupomos preparado.
Fato irrefutável é que vimos paulatinamente colocando abaixo resíduos e resquícios da nossa própria história, a história que contaremos aos netos e para a qual não teremos quaisquer provas materiais, uma história de ignorância e omissão.
Não se pode apontar o dedo para este ou aquele e o atirar na vala comum dos culpados, mesmo porque todo o processo foi executado dentro do que prevê a legislação, segundo o proprietário do terreno, mas a falta de política pública e a pouca consciência cultural e ambiental devem ser chamadas para depor.
Tivesse a árvore uma despedida digna e um Atestado de Óbito – apesar de ser mais adequado o preenchimento de um Boletim de Ocorrência, em cujo campo destinado aos agressores deveria constar: grande parcela da comunidade, a ignorância o descaso e a omissão – o espaço destinado à data de nascimento seria preenchido com uma interrogação; a data de falecimento: 25/02/2009; o horário: 17 horas. No mesmo documento, a título de informação complementar, a quem de interesse, a observação de que deixou quase 47 mil orfãos e seus descendentes.
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terça-feira, 4 de agosto de 2009
CRÔNICA DE UMA QUEDA ANUNCIADA
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